
06 nov O eleitor irá utilizar vários meios para se informar
Quando se pensa na campanha eleitoral temos que ter em mente que há três “mundos” distintos para os políticos dialogarem com os eleitores:
a) a campanha de rua/presencial = onde o corpo a corpo acontece de várias formas, mesmo se adaptando ao novo normal da pandemia. Tem a carreata, o “bandeiraço”, o carro de som e até a aglomeração com os candidatos visitando feiras-livres, parques e ruas.
b) o horário eleitoral gratuito = que ocorre na televisão e no rádio. Esse espaço tradicional serve de plataforma para que os candidatos se apresentem, apresentem suas propostas, jingles e contem os seus feitos e o que pretendem fazer (o que nem sempre acontece). Em alguns casos, esses espaços também servem para que os candidatos ataquem seus adversários.
c) as redes sociais = são um espaço em evolução constante e que os candidatos estão aprendendo a navegar e a utilizar, junto com a população. Esse espaço é composto por vários canais e formas de exposição, relacionamento e engajamento. É onde os candidatos “aparecem” o quanto quiserem, mas é onde também são atacados e desconstituídos, com base em fatos ou sem base (Fake News).
Diante de tantas formas possíveis, os cientistas do IPO – Instituto Pesquisas de Opinião foram às ruas do Estado do RS para ouvir os gaúchos. Afinal de contas, quais os canais de comunicação que os gaúchos definem como prioritários?
Durante o diagnóstico comportamental, aplicou-se uma técnica de autoclassificação. O entrevistado se classificou entre as opções construídas na jornada de entrevista. O resultado foi o seguinte:
– 58,0% dos gaúchos se classificam como eleitores midiáticos. Utilizam vários meios de comunicação para se informar (tanto os meios tradicionais – rádio e televisão, como as redes sociais e não dispensam a conversa com amigos e familiares).
– 13,3% irão avaliar o movimento de rua e conversar com os amigos e familiares.
– 9,8% afirmam que irão utilizar apenas as redes sociais para avaliar os candidatos e decidir o voto.
– 7,3% se classificam como descrentes e tendem a votar em branco ou nulo.
– 5,7% ficarão atentos ao horário eleitoral gratuito e aos comerciais de televisão.
– 3,7% vão seguir a indicação do partido ou do movimento social a que pertencem.
– 2,2% assumem que decidem na última hora, pedem “cola” para alguém da família e, no passado, até pegavam a propaganda política que estava jogada perto do colégio eleitoral. Nesse novo contexto, terão que levar a “cola” em uma imagem do celular.
A campanha não será fácil para os candidatos, que vão precisar estar nos lugares em que os eleitores estão e, essencialmente, com uma linguagem adequada a cada canal.
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